água&sal who has a home now!
Achei que ia me dar bem naquele pé de pitanga depois de três horas de caminhada. Água&sal - que ainda não tinha esse nome - também achou que ia se dar bem indo cheirar o meu pé.
Eu comi muitas pitangas e dividi com aquela cachorrinha serelepe uma outra refeição que se encontrava na minha bolsa: bolachas água e sal deliciosas. Ela comeu muitas também. Cinco no total.
Ofereci a sexta e ela fez graça, mas aceitou o presente e, como já não estava mais com fome, foi correndo enterrar num canteiro próximo d’onde estávamos. Ela voltou com o focinho todo sujo de terra vermelha do interior do estado. “Que coisa mais linda!”, pensei. Foi amor AU primeira vista.
Saí dali e Água&sal continuou a me seguir. Estava tudo bem, eu podia brincar um tiquinho com ela ali na grama do cinturão verdade e depois ir pra casa.
Mas, como sempre, nunca subestime qualquer laço com outro serzinho vivente.
Brincamos um pouco, correndo um atrás do outro, e então continuei andando pela pista de caminhada. Água&sal foi me seguindo e, já na quadra da casa do meu papis, eu me dei conta que aquilo não tinha mais volta.
Levei ela pra casa, dei um banho, tirei uns baitas carrapatos (eles eram insanos mesmo, cheios de sangue) e fiquei planejando toda a logística de um novo animalzinho. Adotar é coisa séria e eu tinha acabado de perder a Tchuca. No fim, tomei a bela de decisão de ficar mesmo com ela. A Karol poderia me ajudar nos passeios e tudo.
Cancelei uma passagem de busão que já estava comprada, consegui uma carona que partia de uma cidade à 100km e lá partimos pra casa.
Água&sal tem um lar agora.